Nesta quinta-feira (25) morreu o rei do pop, Michael Jackson. Aos 50 anos, o cantor que teve um ataque cardíaco, em sua casa em Los Angeles.
A carreira do cantor que ,viria a ser rei do pop anos depois, começou em família ao final dos anos 60 com o grupo The Jackson 5. Michael se destacou e lançou-se em carreira solo no início da década de 1970, ainda pela Motown, gravadora responsável pelo sucesso do grupo formado por ele e os irmãos. A trajetória de Michael seguiu ascendente nos anos 1970 graças a composições como Shake your Body (To the Ground) e Can You Feel It. Mas foi com o disco Off the Wall (1979) que o jovem intérprete negro começou seu reinado, cujo coroamento veio com o álbum Thriller (1982).
Fenômeno com mais de 106 milhões de cópias vendidas, reunindo hits estrondosos como Billie Jean, Beat It, Human Nature e a música-título, Thriller não entrou apenas no Livro Guinness dos Recordes por conta dos números — o disco arrebatou também a indústria do entretenimento e o comportamento jovem, influenciando a música, a dança, a moda e a televisão.
Entre as conquistas desse trabalho, produzido pelo mestre Quincy Jones, está o recorde de permanência na primeira posição dos mais vendidos nos EUA — 37 semanas — e o pioneirismo de Jackson como o primeiro artista negro a emplacar um clipe na MTV, graças ao vídeo de Billie Jean.
O mundo rendia-se então ao talento de Michael Jackson — que além de grande cantor e compositor inspirado, destacava-se também como exímio bailarino. Paralela à consagração comercial e artística, porém, uma outra reputação começava a tornar-se tão grande quanto o trabalho de Jackson: a de sujeito excêntrico, fascinado por crianças e ícones infantis e obcecado com a saúde e a aparência. A cobertura da imprensa para o lançamento de Bad (1987) dividiu-se entre a avaliação musical do disco e a divulgação de notícias bizarras relacionadas a Jackson — como a compra dos ossos de John Merrick, o Homem Elefante, ou o rumor de que o astro dormia em uma câmara hiperbárica para retardar o envelhecimento.
A balança começou então a pesar mais para a extravagância — e quanto mais a mídia xeretava as idiossincrasias da figura pública, mais o artista retraía-se. Em 1993, chegava à justiça americana a primeira acusação de abuso sexual contra Jackson, feita por um garoto de 13 anos. No ano seguinte, ele se casa com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley — o relacionamento, que durou apenas dois anos, foi considerado por muitos como uma manobra para tirar a atenção de cima das investigações criminais a respeito de Jackson.
À medida que crescia a exposição de sua vida pessoal nos tabloides, a atenção à sua obra minguava. Lembrando a curva decadente dos últimos anos do Rei do Rock — pai de sua ex-mulher —, o Rei do Pop testemunhou sua majestade ser abastardada por escândalos e esquisitices.
Em julho, Jackson encararia a primeira das cinco dezenas de apresentações da temporada This Is It, anunciada como sua última turnê. Ganhador de 13 Grammys desde o início de sua carreira solo, com 41 canções a chegar ao topo das paradas e com vendas que superam as 750 milhões de unidades, Jackoson morreu sem se despedir dos admiradores que permaneceram fiéis mesmo nas épocas tenebrosas. Resta aos fãs torcerem para que Jackson tenha colocado fé nas próprias palavras: "Se você entra neste mundo sabendo que é amado e deixa este mundo sabendo o mesmo, então você pode lidar com tudo o que acontece no meio".
fontes:zero hora e wikipedia